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Você sabe o que tem nos seus cosméticos? Acompanhe a briga entre consumidores e pesquisadores vs. empresas e leis sobre segurança dos produtos.
Como os cosméticos são regulamentados?
Nos Estados Unidos, houve um grande debate recentemente sobre a necessidade de atualização das regulamentações da indústria de cosméticos norte-americanas.
Em consonância, no dia 9 de fevereiro de 2019 saiu uma reportagem no New York Times instigando os leitores a questionarem o que de fato há nos cosméticos que utilizam.
Em uma audiência realizada em 1988, o Congresso americano alertou e criticou a indústria cosmética por diversos problemas de saúde e segurança por conta dos produtos.
Segundo o governo, em torno de mil produtos químicos tóxicos podiam estar presentes na categoria de higiene pessoal.
O que significa que as empresas do ramo não estavam garantindo que os produtos fossem, de fato, seguros para uso.
Para a maioria, naquela época, a segurança do setor de cosméticos já necessitava urgentemente de atualização e reparos. E até hoje, nenhuma mudança foi feita.
A indústria de cosméticos americana lucra 70 bilhões de dólares por ano.
As leis que cobram o ramo de cosméticos não são atualizadas desde 1938, desde sua primeira promulgação!
Recentemente, a segurança das regulações foi colocada em xeque.
Algumas das descobertas dos perigos dos cosméticos
Entre diversos estudos realizados ao longo do tempo, pesquisadores independentes descobriram:
- O amianto presente em produtos reluzentes para jovens.
- As substâncias químicas presentes nos esmaltes podem gerar sérios problemas de saúde.
- Dificuldades de saúde reprodutiva e envenenamento por mercúrio nos produtos de cabelo e pele, utilizados pelas mulheres.
Os próprios cosmetologistas relataram sérios danos ao sistema nervoso e respiratório.
E ainda que pelo menos uma mulher havia sido desfigurada por uso de spray de cabelo inflamável!
E seus resultados terríveis na saúde do consumidor
Além de pesquisas científicas, os próprios consumidores entraram com queixas que se tornaram processos e até criaram sua própria comunidade de apoio às vítimas de certos produtos.
Por exemplo:
- Pessoas acusaram que o produto em questão, Wen Hair Care, da Johnson & Johnson, queima o couro cabeludo após o uso do produto, provocando até alopecia.
- Outras consumidoras alegaram o amianto presente no pó infantil da empresa causou câncer de ovário. Nisto, 12 mil pessoas processaram a empresa.
Outra descoberta a temer refere-se a cumulativa de produtos que as pessoas passam na pele.
Estes e muitos casos relacionados à doenças são frequentes na mídia.
Por conta disso, o medo do consumidor de produtos químicos é tão grande nos dias de hoje que os cientistas têm um nome para isso – quimiofobia (ou chemophobia, em inglês).
Isso leva as pessoas a evitar tudo, desde alimentos geneticamente modificados até medicamentos, muitas vezes em busca de alternativas mais naturais.
Tais medos ressaltam um problema real: alguns dos produtos nas prateleiras das lojas provavelmente não são seguros. Mas como saber quais são?
Aqui no site, temos a missão de informar nossos leitores sobre como ler rótulos e embalagens, e quais ingredientes evitar a todo custo.
Conclusão do governo: muitos desafios!
A Agência americana reguladora da indústria cosmética não tem o número de funcionários e capacidade para fiscalizar a maioria dos produtos da indústria.
Este é um dos principais problemas enfrentados, enfraquecendo a segurança do cosmético que chega ao consumidor final.
Por que este debate importa?
O lado bom é que a discussão coloca em pauta o que possui na composição dos cosméticos, e ter melhor discernimento do que pode nos fazer bem ou não.
A informação está disponível justamente para nos ajudar a selecionar os nossos produtos de forma consciente.
É importante conhecer os ingredientes que possam trazer malefícios à saúde e os que nos trazem benefícios, e decidir o que queremos para nós.
O consumidor está em transição e o mercado precisa abarcar as novas demandas
No Brasil, está tendo um debate crescente por parte da população que está mais questionadora em relação aos produtos que compra da indústria cosmética.
Esperamos que a crescente preocupação gere uma mudança de consumo.
Temos empresas comprometidas a respeitar a natureza e as pessoas, com produtos seguros, de qualidade e com transparência.
Agora, devemos ficar atentos para ver se realmente cumprem o seu papel!
Não deixe de ler sobre greewashing, a “lavagem verde” que algumas grandes empresas praticam para iludir o consumidor quanto aos seus produtos.
Se você teve uma experiência negativa com algum produto convencional e gostaria de compartilhar, comente aqui.
É muito importante trocarmos informações e criarmos o hábito de pesquisar sobre tudo o que colocamos em nosso corpo.